PORTUGAL SHAKE, a mais recente criação de Tiago Pereira, surgiu do desafio do Festival Escrita na Paisagem ao videasta, para que concebesse um trabalho a ser apresentado na Quadrienal de Praga 2011, no âmbito do projecto INTERsection: Intimacy and Spectacle.
Em resposta, o enfant terrible da criação contemporânea portuguesa propõe um espectáculo no qual utiliza várias das suas recolhas visuais e sonoras da tradição oral portuguesa, manipulando-as e remisturando-as em tempo real.
Tiago Pereira nasceu em Lisboa. Os anos 80 atravessaram-lhe a adolescência, vivida no contexto do urbano - popular Bairro Alto. O seu trabalho distingue-se por uma abordagem particular da tradição oral portuguesa: ele recolhe para recriar, para desconstruir, e não para reproduzir acriticamente.
Tiago Pereira empenha-se em libertar a tradição, preservando-a sem a sufocar. Em 1998, o Alentejo provoca o seu primeiro video-documentário musical Quem canta seus males espanta, e desde aí parte à descoberta da ruralidade. E não pára: em 1998 recebeu o prémio de Melhor Realizador nos Encontros de Cinema Documental da Malaposta; em 2003 foi galardoado com o Grande Prémio do Júri no Festival Ovarvídeo; em 2006, ganha o Grande Prémio Tóbis para a Melhor Curta Metragem Portuguesa no Doc Lisboa; em 2007 recebe o galardão para Melhor Filme Etnográfico no Dialektus Festival, em Budapeste
Tiago Pereira foi várias vezes seleccionado em diversos festivais europeus. É mentor e um dos criadores do projecto A Música Portuguesa a gostar dela própria. Em 2010 foi distinguido com um Prémio Megafone – Missão pelo trabalho que tem vindo a desenvolver na difusão da música portuguesa.»
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