13/03/19
Cinema | Cine´Eco 2018 - Extensão - Terceira | 12 Março - 14 Maio | Recreio dos Artistas - Observatório do Ambiente dos Açores - Os Montanheiros | Angra do Heroísmo
Dia 12 de março (104’) – Recreio dos Artistas
SÁBIOS DA TERRA (Sabios de la Huerta), David Segarra, Espanha, doc., 2018, 13’
Num mundo confuso, descobrimos os últimos homens e mulheres sábios onde menos os imaginávamos: entre os antigos camponeses do sul da Europa.
Sábios da Terra recupera as histórias e experiências de homens e mulheres rurais.
Através deles descobrimos um mundo cultural, humano e geográfico esquecido pela sociedade moderna. Histórias que guardam uma mensagem universal sobre a experiência humana.
UTOPIA REVISITADA (Utopia Revisited), de Kurt Langbein, Austria, doc., 2018, 91’
–GRANDE PRÉMIO AMBIENTE CINE’ECO (Environment Grand Prize)
Pessoas em todo o mundo procuram alternativas para além do capitalismo desenfreado, que, inerentemente, produz pessoas incrivelmente ricas por um lado, mas incrivelmente pobres por outro. Existe algum modelo para uma sociedade mais justa?
Dia 19 de março (127’) – Observatório do Ambiente dos Açores
O SONHO DO CAPITÃO: UMA BIENAL DE ARTE NA ANTÁRTIDA (Captain’s
Dream: A Biennial of Art in Antarctica), Denis Delestrac, Espanha, doc., 2018, 50’
O polémico artista russo e capitão de um barco Alexander Ponomarev segue o seu corajoso sonho de criar a primeira Bienal na Antártida. A sua visão é a de realizar uma expedição: uma convergência de artistas e visionários internacionais que tenham como objetivo primordial catalisar a criação e abrir um espaço único para o debate sobre o futuro da humanidade e a responsabilidade para com o planeta.
A ARCA DE ANOTE (Anote’s Ark), Matthieu Rytz, Canadá, doc., 2018, 77’ – PRÉMIO
ANTROPOLOGIA AMBIENTAL (Environmental Anthropology Award)
O que vai acontecer quando um país inteiro for engolido pelo mar? As ilhas de Kiribati, com uma população de 100.000 habitantes, são uma república do atol do Pacífico que vai ficar submersa nas próximas décadas devido às mudanças climáticas. Este filme aborda esta questão e o que está a ser preparado pelas organizações internacionais e, sobretudo, pelo seu presidente Anote Tang, que procura defender o seu povo, defender uma cultura de 4000 anos e fazer migrar, com a maior dignidade, uma nação inteira.
Dia 26 de março (120’) – Os Montanheiros
ATÉ À ÚLTIMA GOTA – A GUERRA SECRETA NA EUROPA (Up to the Last Drop –
The Secret War in Europe), Yorgos Avgeropoulos, Grécia/França, doc., 2017, 58’ – PRÉMIO EDUCAÇÃO AMBIENTAL (Environmental Education Award)
Este filme segue o dinheiro e os interesses corporativos em treze cidades de seis países da União Europeia, durante um período de quatro anos. É um documentário sobre a questão da água, mas que reflete os valores europeus contemporâneos e a qualidade da atual democracia europeia.
ÁGUA NEGRA (Black Water), Ricardo A. Nascimento, David Ochoa, Cabo Verde/Portugal, doc., 2018, 62’
Sombria e luminosa, esta experiência teve de tudo: dormir no chão dias a fio sem ver vida marinha, descobrir uma vila numa paisagem lunar, um paraíso subaquático que se transforma num inferno cheio de tubarões, depois a bonança com dias sem fim de mergulho, pesca e convivência maravilhosa com a população local, um banco virgem a 35 metros de profundidade e uma jamanta de 4 metros que acompanhou o David durante duas horas.
Dias 2 de abril (98’) – Recreio dos Artistas
A PLASTICARIA (La plastikeria), Paul Scott, Canadá, anim., 2017, 3’) – PRÉMIO LIXO MARINHO (Marine Litter Award)
Como será em 2050, quando houver mais plástico do que peixes no oceano? Não haverá
mais necessidade de comer peixe? Será mais conveniente comer plástico diretamente, comprado com facilidade no mercado de plástico dos bairros?
PONTO SEM RETORNO (Point of no Return), Noel Dockstader, Quinn Kanaly, EUA, doc., 2017, 95’ – MENÇÃO HONROSA – COMPETIÇÃO INTERNACIONAL DE LONGAS METRAGENS (Honorable Mention – Feature Films International Competition)
A história por detrás do mediatismo do que é necessário para que dois pilotos suíços e uma equipa de engenheiros realizem um dos mais ambiciosos feitos da história da aviação: pilotar por todo o mundo um avião experimental movido a energia solar, para provar o potencial da energia limpa.
Dia 9 de abril (92’) – Observatório do Ambiente dos Açores
CORRE (Run), Francisco Rojas, República Dominicana, ficção, 2017, 2’ – PRÉMIO
INTERNACIONAL DE CURTAS-METRAGENS (International Short-Film Award)
Num futuro distópico, coberto por desolação e crise, um homem pedala incessantemente. O seu objetivo é incerto e desesperante.
CARGA ESTRANHA (Strange Cargo), A. Denis, E. Duplan, V. Machu, M. Riesen,
França, anim., 6’ – MENÇÃO HONROSA – COMPETIÇÃO INTERNACIONAL CURTAS METRAGENS E TELEVISÃO (Honorable Mention – International Competition Short Films And Television)
Todos os dias, Ned vive, trabalha, come e dorme no seu navio de carga. Um dia, ele fica sem comida. Para não morrer de fome, ele tem de sair da sua confortável rotina.
DESPERDÍCIO DESPERDIÇADO, Pedro Serra Portugal, doc., 2017 (84’)
3,6 milhões de kg de comida são desperdiçados diariamente em todo o mundo. 870 milhões de pessoas poderiam ser alimentadas com este desperdício. 800 milhões de pessoas passam fome no nosso planeta. 1/3 dos alimentos do planeta vão parar ao lixo, quando 198 mil hectares foram usados para produzir toda a comida desperdiçada.
Este documentário é sobre estilos de vida individuais com repercussões conscientes no coletivo, porque do ponto de vista da natureza não existe desperdício. É a simbiose da vida. Um todo constituído de variáveis interdependentes, cada uma com sua causa e reação. Freeganismo é um estilo de vida alternativo baseado no boicote ao capitalismo, com vista a diminuir o impacto causado no meio ambiente e rejeitando qualquer forma de exploração humana e animal. Fazem-no através do consumo limitado e consciente de recursos, bem como pelo resgate (re-aproveitamento) do desperdício, não por necessidade, mas por acreditarem que a sociedade produz acima das suas necessidades e possibilidades, com vista a dar continuidade a uma sociedade de consumo e crescimento ilusório.
Dia 16 de abril (104’) – Os Montanheiros
O IMPÉRIO DO OURO VERMELHO (L’Empire de l'Or Rouge), Xavier Deleu, Jean-
Baptiste Malet, França, doc., 2017, 52’ – PRÉMIO DOCUMENTÁRIOS E REPORTAGENS PARA TELEVISÃO (International Television Award) e MENÇÃO HONROSA – PRÉMIO MELHOR LONGA – JÚRI DA JUVENTUDE (Honorable Mention – Feature Film Youth Award)
A fruta mais consumida do mundo tem uma história não contada. A industrialização do humilde tomate precedeu a economia mundial que se seguiria. Agora é um bem, como o trigo, o arroz ou a gasolina.
A capacidade do tomate de criar produtos altamente identificáveis, como ketchup, molho de pizza, sopas, molhos, bebidas ou pratos congelados, é imbatível. Já em 1897, dez anos antes de Ford começar a produzir massivamente carros, a Heinz convertia tomates em latas padronizadas de puré concentrado. A Heinz foi uma das primeiras empresas a aperceberem-se do poder da marca. Essas empresas baniram os sindicatos, impuseram padrões uniformes de produção e estabeleceram
laboratórios genéticos que asseguraram plantações de tomate idênticas em todo o mundo. Hoje, onde quer que estejamos no mundo, podemos comer os mesmos tomates.
Este filme passa-se na África, Itália, China e América, e visa mostrar as consequências e as oportunidades deste negócio global.
COM VISTA PARA O LIXO (La Finestra Sul Porcile), Salvo Manzone, Itália/França, doc., 2018, 52’
Ao regressar a Palermo, o realizador encontra um depósito ilegal na frente de sua janela. Para ele, esse facto torna-se uma obsessão e a metáfora de um mundo cheio de lixo. Ele marca o início de uma investigação que o leva a descobrir a solução: Desperdício Zero.
Dia 23 de abril (126’) – Recreio dos Artistas
OS PADRÕES DO OCEANO (The Patterns of the Ocean), Hendrik S. Schmitt, Alemanha, doc., 2018, 45’ – MENÇÃO HONROSA – PRÉMIO DOCUMENTÁRIOS E REPORTAGENS PARA TELEVISÃO (Honorable Mention – International Television Award)
Este filme acompanha investigadores na Indonésia a descobrir porque as populações de raias estão em perigo em todo mundo. Mergulhadores com câmaras subaquáticas e mesmo as pessoas que vivem longe do mar podem ajudar a salvar esses icónicos gigantes oceânicos em extinção.
DIDI CONTRACTOR – CASANDO A TERRA COM A ARQUITECTURA (Didi Contractor – Marrying the Earth to the Building), Steffi Giaracuni, Suiça/Alemanha, doc., 2017, 81’
Nas últimas duas décadas, Didi Contractor tem implementado, com paixão, as suas visões arquitetónicas no noroeste da Índia, no Vale do Kangra, nas colinas dos Himalaias, combinando as tradições rurais com os materiais modernos.
Este documentário poético apresenta-nos as suas criações: casas construídas de barro, bambu, ardósia e pedra de rio, em homenagem ao seu ambiente natural.
Aos 86 anos de idade, a arquiteta Didi Contractor persegue a sua visão, trabalhando dia e noite, sonhando com os seus projetos e projetando os seus sonhos. Ela esboça e projeta, com uma precisão exata, edifícios económica e ecologicamente sustentáveis, iluminados e bem ventilados. No filme, encontramos pessoas que vivem nas casas desenhadas pela Didi Contractor e que partilham o seu entusiasmo para levar adiante as suas ideias fascinantes. Alunos de todo o mundo aprendem práticas tradicionais de construção e descobrem como a arquitetura se pode tornar parte do ecossistema. Segundo Didi Contractor “o paisagismo é realmente a chave para casar a terra com a arquitetura. Há uma ligação mais profunda que deveria fortalecer a nossa própria ligação”.
Dia 30 de abril (139’) – Observatório do Ambiente dos Açores
A ÁRVORE, André Gil Mata, Portugal, 2018, doc., 104’
Um homem, uma criança, duas guerras, um rio, uma árvore.
Um homem e uma criança encontram-se debaixo de uma árvore na margem de um rio, partilhando a mesma lembrança e um segredo. Encontram um no outro a serenidade, o silêncio e o tempo que perderam nas águas correntes do rio.
MACOCONI - AS RAIZES DOS NOSSOS FILHOS (Macoconi - the Roots of Our Children), Fábio Ribeiro, Moçambique, doc., 2017, 35’ – GRANDE PRÉMIO
LUSOFONIA – CAMACHO COSTA (Camacho Costa Award | Lusophony)
Com a segunda maior área de mangal de África, Moçambique assiste agora à extração insustentável dos seus recursos. Esta destruição começa a ter impacto no clima e na subsistência das famílias que sempre usaram o mangal.
Dia 7 de maio (142’) – Os Montanheiros
(A) SOCIAL – 10 DIAS SEM TELEMÓVEL (The Social – 10 Days Without Cell Phone), Lucio Laugelli, Itália, doc., 2018, 57’ – MENÇÃO HONROSA – PRÉMIO MELHOR LONGA – JÚRI DA JUVENTUDE (Honorable Mention – Feature Film Youth Award)
Com aparente leviandade e explorando com originalidade e inteligência a fórmula dos “reality shows” televisivos, (A) SOCIAL chega a, pelo menos, algumas conclusões interessantes. Por um lado, mostra que, num espaço de tempo relativamente curto, a dependência dos meios de informação e dos seus acessórios (redes sociais e aplicativos) difundiu-se e consolidou-se na sociedade contemporânea. Por outro lado, destaca como a perceção do espaço e do tempo e, por extensão, dos eventos reais, estão ligados ao uso de dispositivos móveis.
KALUNGA, Bernardo Gramaxo, Angola/Portugal, doc., 2018 (85’)
Kalunga é a palavra do kimbundo, que significa mar, mas também imensidão e morte.
Três surfistas internacionais aceitam o desafio: percorrer a costa de Angola de norte a sul e descobrir um país que a guerra deixou escondido durante 40 anos. Uma viagem em que o surf revela o que há para além das ondas, assumindo-se como uma experiência de fusão cultural, simbiose com a natureza e ferramenta de inclusão social.
Dia 14 de maio (130’) – Recreio dos Artistas
15 MEMÓRIAS DO FOGO (15 Memories of Fire), Rodrigo Oliveira, Tiago Cerveira, Portugal, série TV, 2018, 35’ – PRÉMIO MELHOR CURTA – JÚRI DA JUVENTUDE (Short-Film Youth Award) e MENÇÃO HONROSA – GRANDE PRÉMIO LUSOFONIA – CAMACHO COSTA (Honorable Mention - Camacho Costa Award | Lusophony)
Uns correram. Outros morreram. O Fogo de 15 de outubro de 2017 na região Centro de Portugal, levou quase tudo. Ficaram as memórias.
AS PEQUENAS GALOCHAS AMARELAS (Little Yellow Boots), John Webster, Finlândia/Alemanha/Rússia/Noruega/Letónia, doc., 2017, 95’ – PRÉMIO MELHOR LONGA – JÚRI DA JUVENTUDE (Feature Film Youth Award) e PRÉMIO VALOR DA ÁGUA (Water Value Award)
Uma carta cinematográfica para uma futura bisneta fictícia cruza uma história de perda pessoal, família e a diferença que cada um de nós pode fazer neste mundo. O que passamos para aqueles que vêm depois de nós, tanto para o bem como para o mal? E que diferença uma pessoa pode fazer neste mundo? Estas são as questões universais que preocuparam John Webster nesta carta cinematográfica pessoal para a sua bisneta Dorit, uma menina que nascerá na década de 2060, e cujas botas amarelas
vão andar por um litoral muito diferente daquele que conhecíamos. Uma história que une o passado, o presente e o futuro num documentário bonito, emocionante e promissor sobre o poder que cada um de nós tem para fazer a diferença e mudar o mundo.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário