24/04/14

7ª Sessão Cine'Eco :: Sede do Alpendre - Grupo de Teatro


O documentário A Quintinha (Little Land) e a curta-metragen Damocracy são os filmes que o Cine-Clube da Ilha Terceira e o Observatório do Ambiente dos Açores, numa parceria proporcionada pelo Observatório do Mar dos Açores e pelo Festival Cine’Eco|Seia, com a colaboração do Alpendre – Grupo de Teatro e da Associação Cultural Burra de Milho, apresentam na 7ª sessão da Extensão aos Açores | Terceira do Festival Cine’Eco | Seia 2013, que ocorre na próxima quinta feira, dia 24 de Abril, pelas 21h30, no auditório do Alpendre, na rua Recreio dos Artistas, em Angra do Heroísmo.

A Quintinha (Grécia, 2013, 52’), do realizador Nikos Dayandas, situa-nos desde o início da crise na Grécia, quando um número cada vez maior de atenienses se vai mudando para o interior, na esperança de melhorar as suas vidas.

O filme acompanha Thodoris, de 35 anos, enquanto ele se instala na remota ilha de Ikaria. Lá descobre uma sociedade com uma cultura única, de autonomia e cooperação, e um povo que vive não apenas melhor, mas muito mais tempo que a maioria das pessoas, tornando a ilha uma das “zonas azuis” do planeta, onde os habitantes desfrutam de uma impressionante longevidade. O filme tenta revelar o segredo ikariano, descobrindo como a vida destes ilhéus, tão radicalmente diferente, é incrivelmente relevante em tempos de convulsão económica e financeira.

Damocracy (Brasil, 2013, 35’), de Todd Southgate, filme galardoado com o Prémio Antropologia Ambiental | CineEco 2013, é uma curta-metragem documental que desconstrói o mito das barragens como a “energia verde", através de dois exemplos na Amazónia e na Mesopotâmia. O realizador viaja dos cantos mais profundos da vasta floresta amazónica no Brasil para as montanhas e planícies férteis e planálticas da Mesopotâmia, no sudeste da Turquia. Reuniu académicos, advogados, ativistas e comunidades locais, cuja subsistência está ameaçada pelos dois projetos de barragens gigantescas: Belo Monte, no Brasil, e Ilisu, na Turquia. O documentário mostra os possíveis desastres que estas barragens poderiam causar sobre o património cultural, a vida selvagem e as comunidades locais, que dependem dos ricos recursos naturais fornecidos pelos rios Xingu e Tigre. O filme questiona igualmente a necessidade de encontrar soluções para as alterações climáticas, que dependem da destruição de “pulmão da terra” e “do berço da civilização”. É uma chamada à ação para salvar este património natural e cultural de valor inestimável que está ameaçado apenas pelos interesses alguns.


fonte: CCIT

Sem comentários: