08/06/11

Apresentação do Ciclo de Cinema Português Contemporâneo e Exibição do Filme "SEM COMPANHIA"


O Instituto Açoriano de Cultura reforça a sua aposta na promoção da sétima arte, nomeadamente em cinema de referência e alternativo aos circuitos comerciais, com a realização de um novo ciclo de cinema designado Cinema Português Contemporâneo.
 
Com a aposta em obras cinematográficas de produção nacional e na sequência dos diversos ciclos de cinema alternativo já promovidos em anos anteriores, o IAC pretende deste modo proporcionar um acesso mais facilitado a estas películas.
 



Este ciclo de cinema abrangerá pela primeira vez cinco ilhas do arquipélago dos Açores. O que só foi possível através da criação de uma rede de parceiros, que em espaços próprios divulgarão os filmes deste ciclo.
 
Até ao próximo mês de Novembro, na galeria do IAC serão exibidas cinco películas de Cinema Português Contemporâneo, com início já no próximo dia 8 de Junho (quarta-feira pelas 21h00), com a longa-metragem Sem Companhia, de João Trabulo, trabalho de referência deste realizador, que recolheu o prémio Kodak pela melhor imagem na edição do Indielisboa de 2010.
 
No evento estará presente o realizador, que apresentará o filme e um livro com o mesmo título, também da sua autoria.
 
O filme a exibir retrata o quotidiano de Ernesto e Gaspar, julgados e condenados por vários crimes, que estão detidos numa prisão de alta segurança no norte de Portugal. Sem Companhia é um filme sobre a juventude perdida de Ernesto e Gaspar e a longa caminhada que os espera quando saírem da prisão.

 
João Trabulo trabalha nesta obra sobre a fronteira entre o documentário e a ficção, partindo da realidade longamente observada no interior da prisão para construir a história do filme com a participação activa dos dois protagonistas e de outros presos, encenando por vezes alguns aspectos da suas próprias experiências em tempo de reclusão. As rotinas na prisão, as conversas entre estes homens e as consequências da lenta passagem do tempo sobre eles, retratam segundo o realizador “…o desafio de filmar o incorpóreo e o movimento selvagem destes homens face à sociedade, guiados apenas pela imaginação e pela utopia”.
 
Este ciclo que englobará ainda a exibição das películas: Côa – Rio de Mil Gravuras, de Jean-Luc Bouvret,Fantasia Lusitânia, de João Canijo, Sombras – Um Filme Sonâmbulo e LH: Saber Ver, Demora, ambos de João Trabulo, conta com a preciosa colaboração da Periferia Filmes, que generosamente disponibilizou o seu espólio, bem como dos diferentes parceiros deste projecto: 9500 Cineclube (São Miguel), Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça (Faial), Museu Francisco Lacerda (São Jorge) e Museu de Santa Maria (Santa Maria).

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