Todo o espólio da Fundação de Serralves está na Internet. A partir de hoje, qualquer utilizador da web vai poder aceder ao acervo da fundação portuense e consultar livremente as publicações, o arquivo histórico e mais de 13 mil fotografias e imagens de 3300 obras de arte.Desde Janeiro, quase todos os sectores e departamentos da fundação, desde a direcção à biblioteca, estiveram envolvidos na inventariação e digitalização dos quatro núcleos patrimoniais da instituição. Odete Patrício, directora-geral da fundação, explicou ao PÚBLICO que este é um projecto que há muito visava concretizar. "Sentíamos a necessidade de disponibilizar a nossa colecção de uma forma mais vasta e alargada, considerando que não temos uma exposição permanente, apesar de termos mostras itinerantes e exposições temporárias". Por isso mesmo, era "fundamental" aproveitar a oportunidade financeira de "abrir, em teoria ao mundo inteiro", as portas de Serralves.Ao aceder ao site da fundação, os utilizadores poderão ver as 3300 obras que compõem a colecção do museu. Trata-se de peças que vão desde a década de 1960 até aos dias de hoje, adquiridas pelo museu ou doadas, além de obras em depósito do Estado ou de coleccionadores particulares. Além deste núcleo, foi também digitalizado o arquivo fotográfico de Serralves, composto por mais de 13 mil imagens de exposições, artistas e eventos. O acervo do conde de Vizela, o primeiro proprietário da Casa de Serralves, que inclui documentos sobre a construção da casa e dos jardins, também está agora na Internet. Por fim, estarão acessíveis as três colecções documentais de Serralves, fruto de três exposições realizadas na fundação e compostas por catálogos, material promocional, imagens e livros. São várias centenas de documentos fruto da exposição Ernesto Manuel de Melo e Castro (2006), da mostra dedicada ao artista francês Raymond Hains (2000) e da exposição Porto 60/70 (2001).A iniciativa foi financiada pelo Programa Operacional da Cultura (POC). O POC é fruto do III Quadro Comunitário de Apoio da União Europeia e foi o primeiro do género no espaço comunitário. De acordo com o ponto de situação oficial do POC, que data de 31 de Agosto, para este projecto de favorecimento do acesso aos bens culturais foi feito um investimento total de 196.419,78 euros, dos quais 103.608,70 euros foram comparticipados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder).Além das verbas do POC, a digitalização e inventariação de todos os elementos coligidos pela Fundação Serralves teve o apoio do Ministério da Cultura, segundo informou a instituição em comunicado.
A consulta do espólio da Fundação de Serralves on-line será de acesso livre e será possível através de um link que a partir de hoje estará na página www.serralves.pt.
In jornal Público
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