Fotografias de Graceland e Life in Loops
Porque o Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa tem-se vindo a afirmar como um espaço consagrado às mais diversificadas linguagens cinematográficas contemporâneas, a Associação Cultural Burra de Milho (BdM) decidiu apostar numa extensão que permitisse à população terceirense contactar com a mais recente e emergente produção contemporânea no campo da cinefilia.
No primeiro dia (sexta-feira, 4 de Maio de 2007, 21h00), serão exibidoas a curta-metragem de Anocha Suwichakornpong, intitulada Graceland (Tailândia, 2006), e a longa-metragem Life in Loops: A Megacities Remixe, de Timo Novotny (Áustria, 2006).
Esta Secção Observatório do festival está destinada a obras essenciais do cinema independente que não podem integrar a competição, seja porque são anteriores às datas de selecção, ou porque já foram compradas para distribuição comercial em território nacional.
No primeiro caso trata-se de uma curta-metragem da realizadora tailandesa Anocha Suwichakornpong, que em Graceland retrata uma história sobre um imitador de Elvis Presley que viaja de Banguecoque para o campo com uma misteriosa mulher, mas não parece claro, nem sequer importante, para onde eles vão... Ela age como a predadora e ele parece ser a presa, mas será mesmo só isso? Este filme tornou-se a primeira curta-metragem tailandesa a ser seleccionada para o Festival de Cannes.
“Um documentário musical experimental”. É assim que Timo Novotny descreve Life in Loops. Partindo de Megacities, filme de Michael Glawogger e recorrendo a material que este realizador não utilizou, Novotny editou tudo e juntou-lhe ainda novas imagens de Tóquio. Se isto por si só não bastasse, acrescente-se ainda a música dos Sofa Surfers que completa esta estrondosa viagem à volta do mundo. O arrojado filme é um regalo não só para os olhos, mas também para os ouvidos. A edição de Novotny acentua a simbiose entre imagem e música, à medida que o movimento se transforma em ritmos precisos. Uma experiência sensorial fascinante.


1 comentário:
Muitos parabéns pela iniciativa!
Fiquei agradavelmente surpreendida com esta "extensão" do indie e espero que nos continuem a surpreender com outras iniciativas que não se limitem ao cinema...
Mais uma vez, parabéns.
(Sugestão: mais World Press Photo!)
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