DOC'S KINGDOM 17-22 Junho SERPA - PORTUGAL
PAISAGEM o trabalho do tempo
Depois de, na edição anterior, termos evocado o tema da palavra, sugerimos este ano a paisagem como um ponto de partida do programa de filmes e debates.
A paisagem como um dos parâmetros possíveis de análise de todo o movimento do cinema moderno e de muitas experiências-limite do cinema actual.
A paisagem como lugar geométrico de diferentes artes contemporâneas – e, nesse sentido, como chamada de atenção para o papel de vanguarda, ou de deslocador de fronteiras, que é, ainda e sempre, o de algum documentário.
A paisagem como terreno privilegiado de interrogação e depuração da imagem em movimento – e nessa medida, uma vez mais, algo que aqui lembramos enquanto resistência ao cinema da banalização, da redundância e da saturação de efeitos.
Paisagem, porque dizer paisagem é já dizer “olhar”, e também “espaço” e “tempo”.
Paisagem na acepção de passagem, tanto no sentido temporal como no de transição entre diferentes registos do olhar – o lugar que se transforma e o lugar em que o nosso olhar se transforma.
Paisagem, também, como lugar de diferentes níveis de narratividade.
Paisagem e trabalho; paisagem e memória; paisagem e História.
Por último, e justamente contra o bucolismo do olhar, a paisagem como território de impaciência, como tensão entre o visível e o subjacente, entre o que se mostra e o que se esconde, ordem e caos, razão e insanidade.
O programa incluirá uma viagem por obras e autores muito diferentes. De novo, o tema servirá para realçar as variações, e será entendido como mero ponto de partida, não como limitação ao livre curso dos debates.
INSCRIÇÔES ABERTAS em www.apordoc.org
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